Infelizmente, ontem não consegui postar aqui no blog, mas como estava em dívida, aqui estou postando mais uma parte do meu TCC.
2.2 Endomarketing
O endomarketing
é uma ferramenta utilizada para melhorar a informação entre os usuários
internos, ou seja, os funcionários, e gerar a motivação como forma de trazer a
interação e a satisfação entre o público interno e o público externo.
Desta forma, faz-se necessário
elucidar algumas características importantes ao bom funcionamento interno da
organização ou da unidade de informação. Quando bem estruturadas estas
características podem resultar em um marketing de relacionamento com qualidade
e eficácia.
Conforme a literatura existente
sobre o assunto, o marketing interno introduz o conceito de marketing na
organização e é através dele que se percebe se os serviços e as comunicações
externas irão atingir o público externo, pois, conforme Grönroos (1993), se os
produtos e bens externos não puderem ser vendidos ao público interno, ou seja,
aos funcionários, o marketing tampouco irá ser bem-sucedido junto aos clientes
externos, ou seja, fornecedores, consumidores, clientes ou usuários. Isto
significa que o endomarketing serve de base para o marketing de relacionamento,
pois nada adiantará a instituição querer vender uma idéia ou atrair clientes ou
usuários se o seu sistema interno não estiver em completo equilíbrio,
funcionando para um mesmo objetivo e tendo como pontos-chave a comunicação e a
informação. Se os objetivos e as metas de uma unidade de informação não forem
bem definidos e transmitidos com clareza entre todos que nela trabalham, a
mensagem passada aos usuários e aos clientes externos será confusa e não
atingirá com eficiência o que foi proposto.
O endomarketing possui um público
interno dividido em dois grupos: um grupo composto pelas chefias
intermediárias, subdividindo-se em diretores de área, gerentes e chefes de
setor e outro grupo formado por funcionários comuns que, por sua vez, se
dividem em pessoal de apoio e pessoal de linha de frente, ambos trabalhando com
o conceito de cliente interno e externo. Porém, o atendimento ao público
externo é realizado pelo pessoal de linha de frente que possui o conhecimento
técnico do serviço que presta e tem como dever passar a imagem da empresa ao
usuário ou cliente.
Para que aconteça um bom
endomarketing é necessário que haja um programa de comunicação interna muito
bem estruturado para que esse programa gere e permita parcerias, diálogos,
envolvimento pessoal e que faça com que as pessoas produzam mais e tenham
idéias inovadoras. Um bom motivo para que o programa de comunicação interna
seja implantado é o bem-estar e o sentimento de felicidade que gera nos
indivíduos que trabalham tanto nas empresas quanto nas unidades de informação.
Esta idéia é defendida por Brum (1994, p. 23) ao dizer:
O importante é ter muito claro o fato de que a comunicação
interna está diretamente ligada a fatores como educação, cultura e informação.
A transmissão de idéias e de atitudes, de uma pessoa para outra dentro de uma
mesma empresa, deve estar realmente baseada nesses fatores.
Verifica-se,
assim, a necessidade de conhecer bem os funcionários, em que acreditam, suas
filosofias, seus perfis, isto é, conhecer individualmente cada um para que, a
partir dessas informações possa ser criado um plano de comunicação focado em um
público específico, no caso, os funcionários da empresa, visando atingir
determinado objetivo, uma vez que é sabido que este plano só obterá êxito se
tiver como base os próprios funcionários.
A informação é
o produto gerado pela comunicação interna e deve ser curta e clara para que
possa chegar a todos os níveis, sem distorção. A informação é criada na parte
mais alta da pirâmide organizacional e “desce” gradativamente por todos os níveis,
passando das chefias intermediárias, que se encontram no centro da pirâmide,
até os funcionários comuns, que são a base da mesma. O desenho (Figura 1 –
Sentido da Informação), baseado na concepção de Brum (1994), ilustra o sentido
da informação em uma organização:
Sendo assim, o programa de comunicação interna deve ser
coerente com o conjunto de valores da empresa. Este programa funciona melhor
quando aplicado em organizações que tenham poucos níveis hierárquicos, pois
assim, com o número reduzido de gerentes para decidir sobre determinada
situação, haverá maior centralização administrativa e menor grau de emissão de
informações e mensagens
entre os envolvidos.
Porém, o programa não deve ser direcionado somente às instituições com poucos níveis hierárquicos, pois tal atitude não é garantia de sucesso na aplicação do mesmo. Relata-se, como ilustração, a situação de uma unidade de informação cujo nível hierárquico é extremamente pequeno e, no entanto, o processo e o programa de comunicação não são efetivos entre os funcionários, havendo discrepâncias de informações entre si. Para que o programa realmente seja efetivo é preciso dar atenção às palavras de Brum (1994, p. 64), quando afirma: “Todo programa de comunicação interna deve estar voltado para a disseminação de idéias e para o alcance de uma grande meta”. Convém, então, que todos estejam unidos e voltados para o mesmo objetivo para que a organização possa funcionar corretamente e para que o programa de comunicação interna aborde o serviço, propriamente dito, de forma individual e personalizada.
Para que o
processo de comunicação interna possa ser operado é necessário que dois tipos
de instrumentos sejam usados: instrumentos de informação, que marcam novas
idéias e conceitos; instrumentos de integração, que permitem o contato pessoal
entre os funcionários. São exemplos de instrumentos utilizados pelo programa de
comunicação interna:
a)
cartilhas – reúnem informações qualitativas e
quantitativas sobre a empresa;
b)
boletins internos – mostram o real
desenvolvimento de um programa e estimula as pessoas a participarem de suas
etapas;
c)
jornais internos – despertam o orgulho, de seus
funcionários, por participarem do fato noticiado.
Conclui-se, então, que o programa
de comunicação interna em uma organização é muito importante, porque aproxima
seus funcionários e os faz realizar seu trabalho com maior entusiasmo,
motivação e integração.
Uma vantagem a
destacar no uso do endomarketing é o fato de que os colaboradores da
organização podem criar uma linguagem específica, cultural, baseando-se em um
grupo de valores escolhidos por eles mesmos, com o objetivo de melhorar seu
relacionamento e, com isto, aumentar a qualidade de seu trabalho. Cerqueira
(1999) confirma essa informação quando diz que o Endomarketing também propõe e
dissemina uma série de valores, tais como eficiência, qualidade, comprometimento,
cooperação, respeito e criatividade. Outra vantagem é sua contribuição
favorável à inovação em uma empresa que tenha em seu cerne a criatividade, a
vontade de inovar e que esteja sempre aberta às novidades apresentadas. Sendo
assim, o endomarketing, quando bem aplicado, traz como conseqüências: uma visão
de liderança aberta e democrática, capaz de delegar poderes, dividir
responsabilidades e trabalhar mais em grupo; maior flexibilidade estrutural da
organização; e, o mais importante, a geração de um clima de respeito,
confiança, cooperação e harmonia entre todos da organização.
Porém, assim como acontece no
marketing, o endomarketing também pode apresentar algumas barreiras pelo fato
de, ao ser aplicado, alterar significativamente a base e os valores da
instituição que o aplicou, gerando, dessa forma, mudanças efetivas e visíveis.
Bem, por essa semana era isso. Até quarta-feira que vem!
Bem, por essa semana era isso. Até quarta-feira que vem!
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