Saudações Biblioteconômicas!!
Olhem só os absurdos que eu encontrei por aí:
http://www.clickfozdoiguacu.com.br/foz-iguacu-noticias/blog-de-foz-do-iguacu-realiza-campanha-para-arrecadar-livros
Blog de Foz do Iguaçu realiza campanha para arrecadar
livros
O Blog Ninho
de Mafagafas está reunindo amigos e parceiros para
participar da campanha #DoeHistórias.
Esta ação consiste na arrecadação de livros infanto-juvenis para ajudar a
criação de bibliotecas, para as casas que atendem as crianças e jovens na ONG Aldeias Infantis SOS Brasil. Os
livros começam a ser arrecadados na terça-feira, 08, e segue no dia 31 de
outubro.
A instituição escolhida, Aldeias Infantis SOS Brasil funciona em todo o país, aqui em Foz do Iguaçu a ONG possui sete casas lares que auxiliam no acolhimento de 47 crianças e jovens de 0 a 18 anos que encontram-se em estado vulnerável. E têm como objetivo garantir o direito e cuidando do desenvolvimento e autonomia dos pequenos e também dos jovens em um ambiente familiar e comunitário.
O projeto para as
bibliotecas têm como objetivo criar locais para o saber em cada uma das casas
que servem como auxilio para as crianças e jovens e com isso existe a
possibilidade de criação das “Malas do Saber”, para que os livros sejam
revesados entre esses lares. Os adolescentes de cada moradia ficarão
responsáveis para escolher um “bibliotecário” que irá cuidar das malas e dos
livros, uma forma de ensinar a esses pequenos cidadãos a importância de cuidar
bem dos materiais que instigam a imaginação.A instituição escolhida, Aldeias Infantis SOS Brasil funciona em todo o país, aqui em Foz do Iguaçu a ONG possui sete casas lares que auxiliam no acolhimento de 47 crianças e jovens de 0 a 18 anos que encontram-se em estado vulnerável. E têm como objetivo garantir o direito e cuidando do desenvolvimento e autonomia dos pequenos e também dos jovens em um ambiente familiar e comunitário.
Doação - Para colaborar com esta campanha basta ir até um dos locais parceiros, Iguassu Coworking, Papelaria Ideal, Rei do Pedaço e Salão Dottore Capeli, que estão com a Mafacaixa e fazer a doação.
Como este projeto ainda está no começo as Aldeias SOS Brasil de Foz precisa de outros materiais, caso você queira contribuir de outra forma entre em contato com a a equipe do Ninho de Mafagafas pelo e-mail ninhodemafagafas@gmail.com ou pela fanpage faceboock.com/ninhodemafagafas. Ou pode falar diretamente com os responsáveis da ONG através dos telefones 3029-5200 / 3029-5300 ou ir diretamente a sede central, que fica localizada na Rua João Rouver, 314 no centro de Foz do Iguaçu.
Agora, meus comentários... O que está em vermelho é meu :)
Achei louvável a iniciativa e tudo mais, mas me pergunto: por quê Bibliotecário
está entre aspas? Deve ser para enfatizar que o projeto não tem nenhuma
proximidade com o profissional Bibliotecário.
Quem
lê a reportagem deve achar que qualquer um pode organizar livros
estabelecer metodologias para a promoção da leitura... Triste fato.
Sabemos
que o dinheiro manda em tudo, mas duvido que se essa ONG buscasse e
solicitasse os serviços de um Bibliotecário, de forma voluntária, esse
profissional não se negaria a ajudar. Não trabalho em uma biblioteca escola
(embora esse fosse meu maior desejo), mas assim como a propaganda do
cartão de crédito diz: não tem preço. Não tem preço quando atendemos um
usuário e ele nos agradece genuinamente feliz por termos ajudado a encontrar o
que precisava. Vejo isso nos olhos de cada usuário que atendo. Por isso,
acho que não faltaria um profissional qualificado para ajudar no projeto.
O problema é que as pessoas acham que é "barbada"
ser Bibliotecário, que é só guardar os livros na estante (de forma
aleatória) e está tudo resolvido. Novamente digo... não abram a boca se
não tem certeza do que vai falar. Pressupor que o Bibliotecário faz isso ou
aquilo é muito fácil, que venham passar um dia conosco para ver que além
de nobre e gratificante, a profissão de Bibliotecário também tem seus
altos e baixos (afinal, trabalhamos para o usuário e existem usuários que
realmente são complicados de lidar).
É com base nisso que me irrita ler reportagens desse tipo, no qual ninguém ao menos
cita o profissional. É como se ele não existisse e qualquer um pudesse
organizar uma biblioteca. Francamente.
Novo projeto de Lei
Bibliotecas de escolas
públicas apresentam precariedades
30.09.2013
Acervo reduzido e desatualizado, além da falta de bibliotecários são deficiências desses espaços
A proposta de
criação e manutenção de bibliotecas em todas as escolas públicas da Educação
Básica federal, estadual e municipal - prevista no Projeto de Lei (PL) da
Câmara Nº 28/2012 e em tramitação no Senado - trouxe à tona a precária situação
de funcionamento desses espaços essenciais ao processo de alfabetização e
letramento dos alunos. Basta ressaltar que na rede municipal de Fortaleza essas
unidades são denominadas de salas de leitura por contarem, via de regra, com
acervos reduzidos ou desatualizados e não disporem de um profissional
habilitado ao seu funcionamento.
Embora tenha
repercutido positivamente entre educadores de Fortaleza, o PL suscitou, ainda,
outros questionamentos, tais como quanto à indefinição da destinação de
recursos para a sua implementação e por permitir a atuação, nesses espaços, não
apenas dos bibliotecários mas também de professores “readaptados”, ou seja
aqueles que apresentam problemas de saúde e estão fora de sala de aula.
Sobre essa
possibilidade, a presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia 3ª Região
CE/PI, Maria Herbênia Gurgel Costa, lembra que o bibliotecário detém o
conhecimento para organizar e dinamizar acervos. “Esse profissional está
qualificado com competência para tratar e disseminar a informação de forma
ordenada”, frisou Herbênia Gurgel, que é ainda diretora da Biblioteca Pública
Municipal Dolor Barreira.
Favorável
“a todo e qualquer projeto que represente incentivo à leitura”, o ex-presidente
do Conselho Estadual de Educação e professor aposentado do curso de Letras das
universidades Federal e Estadual do Ceará, Marcondes Rosa, contudo declara-se a
favor da utilização nas bibliotecas do “professor readaptado”. Para ele, esse
profissional, pelo menos em tese, tem mais condições de ajudar os alunos. “A
simples presença de um professor nesses ambientes é capaz de causar um elo
maior do estudante com a leitura e facilitar a compreensão de textos”, frisa.
Mas que
bobagem! De que adianta o professor ter condições de ajudar mais os alunos
se ele não tem capacidade e conhecimento técnico para administrar o lugar onde
os seu alunos estudarão? Ou o professor readaptado também vai aprender a
catalogar, indexar e classificar?
Só
falou besteira. O correto é o Bibliotecário participar também das reuniões
de professores para fazer uma parceria: um sabe o conteúdo, o outro sabe a
técnica para disponibilizar esse conteúdo. Não tem que professor nenhum estar
se metendo na profissão do outro. Eles fizeram Magistério, nós fizemos
Bacharelado em Biblioteconomia. No mínimo, bem diferente não é? Mais uma
vez eu digo: não sabe, então não abre a boca.
Também
para a diretora da Faculdade de Educação da UFC, a pedagoga Maria Isabel
Filgueiras Lima Ciasca, o teor do PL é relevante. O livro, adiantou, é um bem
com um tempo de vida útil, que pode ser menor ou maior conforme o modo de
usá-lo. “A faixa etária mais novinha reduz esse tempo, devido à forma de manuseio.
Então, é necessário mais investimentos para renovar e manter as bibliotecas”.
Mais
outra idiotice. Certo, e o que o fato de renovar e manter as bibliotecas vai
ajudar na preservação do acervo se não houver um profissional qualificado para
isso? Vai ser também o professor readaptado que vai aprender como manter uma
biblioteca? Ele já não tem aulas para dar, que lhe ocupem o tempo? O livro, adiantou, é um bem com um tempo
de vida útil, que pode ser menor ou maior conforme o modo de usá-lo. Essa frase ficou uma graça, eu não sabia
disso, que o livro pode durar mais ou menos conforme ele é manuseado. Isso dá
até uma tese...
Por que
a última frase não é: "... é necessário mais investimentos para contratar
mais Bibliotecários, porque são eles os responsáveis pelas bibliotecas ou salas
de leitura, como quiserem chamar."
Isabel Ciasca
cita seus temores acerca das condições que serão oferecidas pelo governo para a
implantação das bibliotecas na rede pública. “Não haverá técnicos, no caso
bibliotecários, em número suficiente para viabilizar o projeto no prazo
previsto”, alertou, adiantando ser necessário definir de onde virão os recursos
para a criação e manutenção dessas bibliotecas. Talvez
não exista mesmo, com a forma que o Bibliotecário é tratado. É muito prático e
cômodo para as escolas colocarem um professor que não tem o que fazer e que não
entende nada de Biblioteconomia, do que contratar um profissional que passou,
no mínimo, 4 anos dentro de uma faculdade, para ter que aguentar tudo isso...
Haja paciência!
ENTREVISTA
A
inexistência de profissional qualificado leva à inoperância
Maria
Herbênia Gurgel CostaPresidente
do Conselho Regional de Biblioteconomia 3ª Região CE/PI
Qual a
opinião da senhora sobre o Projeto de Lei Nº 28/2012?
O relator,
senador Cássio Cunha Lima, apresentou substitutivo ao projeto que prevê a
contratação de bibliotecários ou profissionais de educação em bibliotecas
escolares públicas e privadas. Estudos demonstram que uma das principais causas
da inoperância das bibliotecas nas escolas é a inexistência de profissional
qualificado, ou seja, bibliotecário, para coordenar as suas atividades e
responsabilizar-se pelos seus funcionamentos. Aspecto que, por contraste,
denuncia a fragilidade da presença do professor readaptado, ou outros funcionários
das escolas (até auxiliares de serviços), à frente das bibliotecas das escolas,
já que a estes faltam habilidades e conhecimentos técnicos específicos para o
exercício das atividades projetadas.
Certo,
mas não adianta nada se o ex-presidente do Conselho Estadual de Educação diz
isso: “A simples presença de
um professor nesses ambientes é capaz de causar um elo maior do estudante com a
leitura e facilitar a compreensão de textos”, frisa
Existe
alguma outra legislação ou proposta de legislação prevendo a existência de
bibliotecas nas escolas da rede pública?
Em março de 2010,
a sanção da Lei Nº 12.244, que dispõe sobre a universalização das bibliotecas
escolares, garantiu um direito inalienável, ou seja, que até o ano de 2020
todas as instituições do País, públicas e privadas, deverão ter bibliotecas,
com prazo máximo de dez anos respeitada a profissão de bibliotecário.
E a rede
privada como fica?
A rede privada
fica, igualmente, contemplada pela Lei Nº 12.244.
A cidade de
Fortaleza e o interior cearense têm bibliotecários em número suficiente para
colocar em funcionamento bibliotecas em todas as escolas da rede pública, como
prevê o PL Nº 28/2012?
O Conselho
Federal de Biblioteconomia, cuja missão é ser agente de excelência na promoção
e fortalecimento das ações do profissional de biblioteconomia, promoverá um
curso à distância, para formar técnicos em biblioteconomia, com edital lançado
pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e
chancela das universidades públicas federais e estaduais, com previsão de
início para o segundo semestre de 2014. Mantendo a proposta de acompanhamento e
supervisão do bibliotecário. Desta feita, busca-se suprir as necessidades e
exigências do mercado. Em biblioteca, bibliotecário!
PMF só
tem sala de leitura
Em Fortaleza,
atualmente, as 300 escolas existentes na rede municipal (280 patrimoniais, 13
anexos e sete especiais) contam com salas de leituras, mas não com bibliotecas,
admitiu o coordenador de Articulação da Comunidade e Gestão Escolar, João Lúcio
Alcântara.
"Nas salas
de leituras, temos livros e buscamos estimular o gosto do aluno por
leitura", disse, também elogiando a proposta do PL Nº 28/2012. "Por
determinação do secretário de Educação do Município, Ivo Gomes, estamos fazendo
levantamento para transformar essas salas em bibliotecas", frisou,
adiantando que isso deve acontecer no início do próximo ano letivo.
Informou, ainda,
que na atual gestão, essa secretaria criou uma Assessoria Técnica de Gestão de
Livros e Conteúdos Digitais, com o objetivo de fazer um levantamento para
"revitalizar e resignificar esses espaços destinados às salas de
leitura".
"Claro que é
fundamental ao processo de aprendizagem a existência de bibliotecas nas
escolas", ponderou, explicando que após a alfabetização, vem qualificação
da leitura e a compreensão de textos. Sobre denúncias de servidores da Escola
Irmã Simas, que preferiram não se identificar, dando conta de que o secretário
Ivo Gomes colocou nas salas de aula professores com problemas de saúde, sobretudo
relacionados à voz, e por isso não conseguem fazer leituras e contação de
histórias com os alunos, João Lúcio Alcântara justificou que o remanejamento
aconteceu porque a rede municipal tinha carência de professores nas salas de
aulas.
Também admitiu a
defasagem no acervo e a necessidade de bibliotecários nesses ambientes. "O
Município estuda rever a questão, tanto é que falamos que não temos
bibliotecas, mas sim salas de aula", citou.
Centros
multimeios
Na rede estadual,
todas as escolas contam com um centro de multimeios, formado pelos espaços da
biblioteca, sala de leitura, vídeo e laboratório de informática, informou a
Secretaria de Educação do Estado (Seduc), através de sua assessoria de
imprensa. Contudo, professores da rede estadual questionam a informação. Na
Escola Nogueira Jucá, visitada pela reportagem, uma educadora considerou que a
unidade tem sala de leitura, apenas.
O centro
multimeios gerencia o processo de leitura, empréstimos de livros, revistas,
periódicos e demais mídias para alunos, professores e funcionários, adianta a
assessoria da Seduc.
ENQUETE
Você utiliza esses espaços?
Você utiliza esses espaços?
"Sim. Eu
gosto de ficar na sala de leitura. Gostei muito do livro Gato de Botas. Também
já li sobre as drogas. Mas agora, eu estava era vendo um vídeo. A gente assiste
muitos filmes"
Wendel
Silva, 12 anos
Aluno da escola
do Município Irmã Simas
"Mais ou
menos. Vou à biblioteca para assistir vídeos ou para ficar em silêncio ouvindo
músicas pelo celular. Não gosto de ler. Tenho preguiça de ler um livro todinho,
até o final"
Israel
Silva, 16 anos
Aluno da escola
estadual João Nogueira Jucá
PL prevê
turno suplementar
Conforme anúncio
feito pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal - que
aprovou o PL Nº 28/2012 no último dia 17 -, os alunos deverão utilizar as
bibliotecas em turno suplementar. Além disso, o teor do PL será incluso na Lei
de Diretrizes e Bases da Educação (Lei Nº 9394/1996). A ideia do projeto já
consta na Lei Nº 12.244/10, que dispõe sobre a universalização das bibliotecas
nas escolas públicas e privadas, até 2020, originada de proposta da Câmara dos
Deputados.
Em
âmbito nacional, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) apontou que o número de
bibliotecários formados no Brasil e as características da profissão impediriam
que o objetivo da proposta fosse alcançado plenamente. Por isso, apresentou
substitutivo permitindo a contratação de "professores readaptados" e
"técnicos em biblioteconomia e multimeios didáticos", profissionais
com competência para orientar as leituras dos alunos. Outra mudança sugerida
reduz o prazo para o cumprimento da norma de cinco para três anos.
Mais um
absurdo. Agora é culpa do Bibliotecário que os objetivos da proposta fossem
alcançados. E o que ele quer dizer com as características da profissão
impediram alguma coisa? Eles querem contratar açougueiros para trabalhar na
biblioteca?
Não
entendi mesmo, porque é uma ignomínia um profissional formado e qualificado
para trabalhar em biblioteca impedir algum projeto ou que raio que seja.
Então
fica bem contratarem professores que não sabem nada de processamento técnico e
recuperação da informação e técnicos em Biblioteconomia, que nem CRB tem e o
Conselho ainda não os aceitou? Que lambança é essa que o Senador, que não é
Bibliotecário e não sabe nada de nossa profissão (não deve saber, porque não
teria ditos essas coisas sem pé nem cabeça) quer fazer com a nossa profissão?
Quer
saber? Vamos contratar açougueiros para atenderem os alunos, não vai fazer
diferença nenhuma e com certeza eles vão continuar não gostando de ler e ainda
achando que a biblioteca é o lugar mais chato da escola.
Parabéns
pela inteligência privilegiada!
MOZARLY
ALMEIDA
REPÓRTER
Bem, depois dessa só me resta me resta ficar por aqui.
Até semana que vem,
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