quarta-feira, 19 de junho de 2013

Apenas imagens...

          Saudações Biblioteconômicas!!

          Passo hoje aqui para postar umas imagens referentes aos Bibliotecários e à Leitura.
          Achei muito criativas!










           E vocês? Gostaram?
           Abraços e até a próxima!




quarta-feira, 12 de junho de 2013

Tirinhas

     Saudações Biblioteconômicas!!
 
  Navegando hoje pela internet, achei umas imagens muito interessantes sobre a profissão e o bibliotecário.
 
 
 
 
     Me crucifiquem se quiserem, mas infelizmente, não consegui pegar as referências das fotos. Se alguém souber, por favor envie para postagem.
      Bem, por hoje era isso. Um forte abraço e até a semana que vem,
 
 
 
 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Saudações Biblioteconômicas!!

Sinceramente, não dá para acreditar. Estava eu navegando pela internet quando me deparei com este texto do ano passado, que apesar de ser de 2012 é bem pertinente. Novamente fiquei irritada com a percepção que o “escritor” tem dos bibliotecários. Me questiono também sobre o conhecimento que ele tem da Biblioteconomia para pensar em dizer alguma coisa. Isto aqui está parecendo mais com aquele texto infame que eu postei que literalmente avacalhava com os bibliotecários, a tal da Desciclopédia.
Olhem o primeiro absurdo, o cara diz que a bibliotecária o atende com “aquela suave descortesia típica dessa classe profissional, como se o visitante fosse um intruso a ser tolerado, mas não absolvido. Eu sei que as bibliotecárias, entre suas muitas funções hoje em dia, sentem-se na obrigação de ocultar os volumes mais raros de suas respectivas bibliotecas. Bibliotecas mais escondem do que mostram. Há depósitos ou estantes secretas vedadas aos visitantes. São as melhores – e, graças às bibliotecárias, você jamais chegará a elas.”
Me pergunto: de onde ele tirou que a descortesia é típica de nossa classe, como se isso fosse uma marca registrada? Se o usuário fosse um intruso, então não teria motivo da biblioteca existir! Afinal, as bibliotecas estão ligadas aos usuários e à informação, elas não foram criadas para serem a segunda casa dos bibliotecários.
Olhem outra ignomínia, nós estamos em um período de muita tecnologia, de inovações, de utilizar a internet a nosso favor, agora me ajudem a entender o que ele quis dizer que as bibliotecárias, hoje em dia, sentem-se na obrigação de ocultar os volumes mais raros! É óbvio que uma obra rara tem que ter todo um tratamento especial. Bibliotecário nenhum, em sã consciência, vai deixar uma obra rara atirada em qualquer canto da biblioteca ao alcance do usuário, sem antes haver um cuidado especial para manusear o documento. Com ele falando desse jeito, parece que estamos na época do filme O nome da rosa.
“Virei as costas, imaginando o alívio da funcionária em me ver ir embora. Agora ela podia regressar a sua preguiçosa solidão.”
E essa asneira agora? Que eu saiba, bibliotecário que se preza, não sente alívio porque o usuário foi embora, pelo contrário, fica sempre pensando se não poderia tê-lo atendido melhor de outra forma. E regressar a sua preguiçosa solidão? Faça-me o favor, se ele conhecesse ao menos o mínimo do nosso trabalho, sentiria vergonha de escrever aquilo. Sempre há trabalho a fazer em uma biblioteca, sempre há alguma coisa que podemos fazer para melhorar na qualidade e no atendimento ao público e esse Sem Noção escreve essa besteira.
"E pensei: perto de uma lan house imunda como aquela, as poeirentas bibliotecas públicas lembram santuários abandonados. Não espanta que as prefeituras de quase todas as cidades do Brasil queiram fechá-las. Daqui a pouco a venerável Biblioteca Nacional vai migrar inteira para o mundo on line, e proibir a entrada de leitores de livros em papel, os antigos livros reais. Será vetado o ingresso no recinto de leitores em carne e osso, gente atrasada que vive em busca de livros de papel. Tudo estará apenas “disponibilizado” (que verbo ridículo) (ridículo é esse texto) pelas bases de dados via internet."
E ele continua em sua linha de raciocínio sem noção.
As bibliotecas não vão deixar de existir, pois sempre haverá usuários que gostem do acervo em forma física. E, mesmo que a Biblioteca vá para o mundo on line, ninguém vai ser barrado. O trabalho do bibliotecário “preguiçoso” continuará e, ouso dizer que, talvez duplique ou triplique, pois o profissional da informação precisa inserir a Biblioteca no mundo virtual, ou ele pensou que a biblioteca estaria on line por osmose?
E, mais uma vez: vetar o ingresso de leitores no recinto? Já disse antes e vou repetir, se for para mandar o usuário para longe então não tem fundamento existir bibliotecas e muito menos pessoas capacitadas para gerenciá-las.
"Sou obrigado a dar razão a esses baluartes do conhecimento que são os prefeitos de todas as cidades do Brasil. As bibliotecas não servem mais para nada nem a ninguém. Nem mesmo a mim, que sempre as amei. Ainda assim, toda vez que passo diante do prédio da biblioteca do meu bairro com a intenção de dizer adeus, não consigo."
É, tenho que concordar com ele nesse aspecto: biblioteca nenhuma vai servir para alguém como ele que, inteligentemente, generalizou os bibliotecários. Se eu vou a uma biblioteca e o bibliotecário não me atende bem, eu não vou gostar, mas não vou sair por aí dizendo que todo o bibliotecário atende mal, expulsa o usuário e é preguiçoso. Isto, no mínimo, é considerado falta de educação e profissionalismo.
Fico muito feliz que a Presidente Nêmora, também tenha se manisfestado. Como foi no ano passado esse assunto (ainda atual) não posso dizer a vocês se o Senhor Sabe Tudo deu algum tipo de resposta.
Agora me digam o que que o Luís Antônio Giron Editor da seção Mente Aberta de ÉPOCA, que escreve sobre os principais fatos do universo da literatura, do cinema e da TV (Foto: ÉPOCA), entende da nossa profissão? Não é porque ele “escreve” sobre os fatos da literatura que pode se achar no direito de escrever besteira e desfazer da profissão.
Olha, sinceramente, vai ser sem noção lá longe...
 
 
"ARTIGO" DO GIRON
http://revistaepoca.globo.com/cultura/luis-antonio-giron/noticia/2012/05/de-adeus-bibliotecas.html
Dê adeus às bibliotecas
Instituições como a Biblioteca Nacional podem desaparecer ou ser vetadas à consulta em carne e osso
LUÍS ANTÔNIO GIRON
 Luís Antônio Giron Editor da seção Mente Aberta de ÉPOCA, escreve sobre os principais fatos do universo da literatura, do cinema e da TV (Foto: ÉPOCA)
Nostalgia é o oitavo pecado capital destes tempos. Você pode ser retrô e reciclar informações do passado com o glamour e a retina exata do presente. Ser nostálgico e sentir saudade é pecar. Por que sentir falta de um passado que era mais atrasado, mais ridículo e mais sujo do que o presente? Como sei que o presente é o futuro passado e que os brilhos atuais vão parecer foscos aos olhos judiciosos do amanhã, continuo a gostar da nostalgia. Recaio sempre nela, e sinto o olhar reprovador de quem está por perto e nota a infração. Para horror de minha mulher, guardo uma edição da Encyclopedia Britannica, edição de 1962. Pior, vivo consultando seus verbetes absoluta e encantadoramente desatualizados. Agora que a Britannica deixou de ser publicada em papel e migrou inteirinha para a internet, só me resta o prazer táctil de folhear a minha velha prensagem da obra. Não posso evitar ser um ser pré-internético, pré-google, pré-instagram e o diabo a quatro.
Em um desses meus acessos incuráveis de nostalgia, cometi o crime de visitar a biblioteca pública do meu bairro. Cheguei de mansinho, talvez pensando em reencontrar nas prateleiras os livros que mais me influenciaram e emocionaram. Topei com prateleiras de metal com volumes empoeirados à espera de um leitor que nunca mais apareceu. O lugar estava oco. A bibliotecária me atendeu com aquela suave descortesia típica dessa categoria profissional, como se o visitante fosse um intruso a ser tolerado, mas não absolvido. Eu sei que as bibliotecárias, entre suas muitas funções hoje em dia, sentem-se na obrigação de ocultar os volumes mais raros de suas respectivas bibliotecas. Bibliotecas mais escondem do que mostram. Há depósitos ou estantes secretas vedadas aos visitantes. São as melhores – e, graças às bibliotecárias, você jamais chegará a elas.
Na recepção daquela pequenina biblioteca municipal, eu me senti uma assombração do passado a importunar a ordem do agora.
 “Procuro uma coletânea de contos fantásticos de Aluísio Azevedo”, disse à senhora. “O senhor trouxe a referência?” Não. “Por que não consultou o catálogo pela internet?” Sei lá por quê, eu só queria parar por aqui e ler uns livros difíceis de encontrar e talvez levar emprestados... “Os empréstimos são limitados a quatro volumes e a devolução acontece em 15 dias”, ela metralhou, com os olhos pregados no monitor velho e encardido do computador. Por fim, depois de dar um pequeno passeio pelo interior da biblioteca, voltou para informar que não tinha o livro que eu buscava. Virei as costas, imaginando o alívio da funcionária em me ver ir embora. Agora ela podia regressar a sua preguiçosa solidão.
Em tempos idos, eu encontrava nas bibliotecas públicas um abrigo para meditar, planejar e fugir do mundo. Passeava pelas estantes como quem viajasse por outros planetas, tempos e realidades, memórias, histórias, uma lição de vida aqui, uma descoberta da crueldade humana ali, fantasias inúteis acolá. Devo às bibliotecas a minha formação. Fiz mestrado e doutorado passando tardes enfurnado na Mário de Andrade, no Arquivo do Estado e na Biblioteca Nacional. E sempre frequentei bibliotecas de bairro. Anos atrás, elas costumavam ser lotadas de leitores ávidos. Os usuários se interessavam por cultura, e não apenas como uma ferramenta para subir na vida e destruir os concorrentes. Havia oficinas e debates. Os livros de poesia e os romances não paravam nas prateleiras. Agora os ácaros, os carunchos e toda sorte de inseto venceram os leitores. Para não falar da umidade – que, recentemente, quase acabou com os periódicos da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
Saí da minha biblioteca do bairro e me dirigi a uma lan house próxima, repleta de meninos e adultos, absortos em pesquisar, mandar emails e jogar. Pela internet, encontrei O touro negro, de Aluísio Azevedo, disponível em arquivo digital no site do domíniopublico.br. Agora tudo quanto é livro pode ser encontrado em sites abertos, como archive.org, openlibrary.org e gutenberg.org. E pensei: perto de uma lan house imunda como aquela, as poeirentas bibliotecas públicas lembram santuários abandonados. Não espanta que as prefeituras de quase todas as cidades do Brasil queiram fechá-las. Daqui a pouco a venerável Biblioteca Nacional vai migrar inteira para o mundo on line, e proibir a entrada de leitores de livros em papel, os antigos livros reais. Será vetado o ingresso no recinto de leitores em carne e osso, gente atrasada que vive em busca de livros de papel. Tudo estará apenas “disponibilizado” (que verbo ridículo) pelas bases de dados via internet.
Sou obrigado a dar razão a esses baluartes do conhecimento que são os prefeitos de todas as cidades do Brasil. As bibliotecas não servem mais para nada nem a ninguém. Nem mesmo a mim, que sempre as amei. Ainda assim, toda vez que passo diante do prédio da biblioteca do meu bairro com a intenção de dizer adeus, não consigo.  

RESPOSTA DO CRB10
http://revistaepoca.globo.com/cultura/luis-antonio-giron/noticia/2012/05/resposta-do-conselho-federal-de-biblioteconomia-ao-artigo-de-adeus-bibliotecas.html
LUÍS ANTÔNIO GIRON - 24/05/2012 11h25 - Atualizado em 24/05/2012 11h27
Nota do Conselho Federal de Biblioteconomia ao artigo "Dê adeus às bibliotecas"
NÊMORA A. RODRIGUES, BIBLIOTECÁRIA, PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE BIBLIOTECONOMIA
O artigo do jornalista Luís Antônio Giron, publicado no site de ÉPOCA, sob o título “Dê adeus às bibliotecas”, retrata uma experiência vivenciada no âmbito da biblioteca pública de seu bairro e, a partir disso, generaliza e atinge negativamente a atuação dos bibliotecários no exercício de sua atividade. Cabe destacar, entretanto, que o Primeiro Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais, proposto pelo Ministério da Cultura e executado pela Fundação Getúlio Vargas, apontou que no âmbito das 4.905 Bibliotecas Públicas pesquisadas há somente 75 bibliotecários atuando. Conclui-se, então, que a maioria dos usuários são atendidos por pessoal não habilitado e não por bibliotecários devidamente graduados. A responsabilidade da gestão dessas bibliotecas é do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, vinculado à Fundação Biblioteca Nacional (FBN).
E o Sistema CFB/CRB, ciente dessa realidade, enfatiza permanentemente a necessidade do investimento em pessoal qualificado para suprir tais lacunas, ante a premissa de que apenas acervos, espaço físico e equipamentos não atendem às necessidades de cidadãos brasileiros que merecem ter sua cidadania assegurada por meio de bons serviços públicos em todas as áreas. Ante o exposto, lamenta-se que o jornalista tenha atingido um profissional imprescindível para trabalhar com a informação e, dessa forma, contribuir para o desenvolvimento do país nos mais diversos segmentos sociais em que o bibliotecário atua. Afinal, toda a generalização corre o risco de afundar no abismo do descrédito e da intolerância. Assim como se espera que o jornalismo seja exercido baseado no compromisso com a verdade dos fatos, independente do ponto de vista pessoal e pontual, mas a partir da análise do todo o conjunto que compõe o cenário.
 
     Depois dessa, só me despedindo. Até a próxima semana,